terça-feira, 15 de abril de 2008

Arquetípico

Na rua deserta, passo pelo muro com o reboco caído que um dia já simbolizou minha dor. Ainda tenho a foto. Minhas mãos longas tocam a ferida da parede como se fossem a minha própria. Nada de físico, apenas abstração. A baixa resolução do arquivo dava conta do resto. Hoje, já não me disse mais nada. É apenas um muro maltratado numa rua suja e esquisita. Tocá-lo não é mais nada de arquetípico. Deixar de fazê-lo é apenas sensato. E eu sigo em frente. Não tão resoluto, mas resiliente.

2 comentários:

--- --- disse...

Interessante! Palavras dif�ceis, e como diriam alguns amigos h� uns anos atr�s, sentimental sem filtro.

S� que queria comentar no dos palavr�es, disponibliza l� no site.

Pod�amos formar uma parceria em um blog, eu voc� e a T� e mais algu�m que se interessar.

Anônimo disse...

valeu, sr. caio!
e claro que poderemos fazer algo, junto a srta. tê! estou totalmente dentro!